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A Serra do Cipó no 3º Congresso Brasileiro de Trilhas: Um Chamado para Expandir Nosso Destino Turístico


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Entre os dias 14 e 17 de novembro de 2024, um grupo de condutores ambientais credenciados e representantes do ecoturismo de Santana do Riacho teve a oportunidade de participar do 3º Congresso Brasileiro de Trilhas, realizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Foram dias de aprendizado intenso, trocas ricas e descobertas inspiradoras para quem vive e ama o turismo na Serra do Cipó.


Estar em um dos maiores eventos nacionais de trilhas e ecoturismo foi mais do que uma simples participação: foi um convite para repensar o futuro do nosso destino turístico, fortalecer nossas conexões e enxergar, com ainda mais clareza, o potencial gigantesco que a Serra do Cipó possui.


Como nasceu a ideia de participar

Nossa presença neste evento não foi fruto de uma ação institucional planejada. Tudo começou em uma reunião dos condutores ambientais credenciados de Santana do Riacho, quando a pauta sobre o congresso surgiu. A partir dali, foi levado o assunto ao COMTUR pelo Eustáquio, que conseguiu viabilizar o primeiro apoio para a viagem.


A partir desse ponto, a secretária de Turismo, Renata Mota, assumiu um papel fundamental: foi ela quem buscou parcerias e estabeleceu contato com estabelecimentos locais para garantir que nossa equipe pudesse representar a Serra do Cipó neste evento tão importante.


Graças ao esforço conjunto, conseguimos apoio de empresas e entidades que acreditam no potencial turístico da nossa região. É a eles que devemos um agradecimento especial:

Sem esse apoio, simplesmente não teríamos chegado lá. Cada contribuição representou um passo para colocar Santana do Riacho no mapa do turismo sustentável nacional.



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A experiência no Parque Ibirapuera

Chegar ao Parque Ibirapuera para participar de um evento desse porte foi, por si só, inspirador. O ambiente reunia profissionais, pesquisadores, empreendedores, gestores e apaixonados pelo ecoturismo de todo o Brasil e até de outros países.


Logo na cerimônia de abertura, ficou claro o peso do congresso: palestras, oficinas, painéis e exposições reuniam as melhores práticas, tendências e estratégias para o manejo de trilhas, a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável do turismo.


Ao longo dos quatro dias, nossa equipe se dividiu para absorver o máximo de conhecimento possível:

  • Alguns participaram de palestras técnicas sobre conservação, governança e recuperação de áreas degradadas.

  • Outros mergulharam em oficinas práticas, como sinalização e manejo de trilhas.

  • Eu, particularmente, optei por explorar os estandes e exposições, onde estavam os agentes de turismo e os destinos turísticos de todo o Brasil.


Foi nesses estandes que senti, mais fortemente, o potencial que temos: enquanto muitas regiões ofereciam três ou quatro tipos de experiência turística, percebi que a Serra do Cipó tem praticamente tudo — trilhas, cachoeiras, cultura, arte, gastronomia, esportes, história e muito mais. Falar sobre isso despertava admiração imediata nos interlocutores, e isso só reforçou uma certeza: precisamos comunicar melhor o que temos.


O que aprendemos


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O congresso nos mostrou que o turismo sustentável exige planejamento, integração e estratégia. Trouxemos ideias e inspirações que podem transformar a forma como apresentamos a Serra do Cipó ao Brasil e ao mundo:

  1. Gestão eficiente das trilhas — vimos como o manejo adequado garante segurança, preservação e experiência de qualidade.

  2. Material de divulgação impactante — percebemos como outros destinos se destacam por meio de materiais institucionais bem produzidos, capazes de atrair atenção e contar histórias.

  3. A importância da presença física — estar nos eventos é vital para criar conexões, parcerias e oportunidades que não surgiriam de outra forma.

  4. Turismo como rede — aprendemos com exemplos de regiões que atuam em bloco, fortalecendo a imagem coletiva para que cada município ganhe mais visibilidade.


O que sentimos falta

Apesar de todos os aprendizados, não podemos ignorar os desafios que enfrentamos. Santana do Riacho esteve representada, mas não da forma como poderia e deveria estar.


  • Não tínhamos um stand próprio para apresentar a Serra do Cipó.

  • Faltaram materiais institucionais — panfletos, catálogos, folders — que mostrassem nossos atrativos, serviços e experiências.

  • Nosso esforço foi, essencialmente, pessoal: cada condutor levou seu conhecimento, suas palavras e seu amor pela região para compartilhar.


Essas ausências não diminuem nossa participação, mas mostram o quanto podemos melhorar. Precisamos planejar com antecedência, criar materiais de impacto e garantir que nossa presença nesses eventos seja estratégica e seja memorável.


O que aprendemos

Participar do 3º Congresso Brasileiro de Trilhas foi um passo importante, mas não pode ser um passo isolado. Se queremos que a Serra do Cipó se consolide como referência nacional em ecoturismo, precisamos agir com visão coletiva.


  • Planejamento conjunto: unir condutores, comerciantes, associações e órgãos públicos para definir estratégias sólidas.

  • Investimento em comunicação: criar materiais institucionais que representem, com qualidade, tudo o que a Serra tem a oferecer.

  • Participação contínua: manter presença ativa em feiras, congressos e eventos para consolidar nossa imagem.

  • Valorização dos nossos atores locais: artistas, músicos, guias, empreendedores — todos são parte essencial da nossa identidade turística.


Esses eventos são portas abertas para novos públicos, novas oportunidades e novos mercados. Quanto mais preparados estivermos, mais longe levaremos o nome da Serra do Cipó.


Finalizo este relato com um agradecimento profundo a todos que nos apoiaram e acreditaram em nós. Para mim, como guia de turismo, condutor ambiental credenciado e agente de turismo rural apaixonado por essa região, foi uma experiência transformadora. Voltei com a certeza de que temos um destino turístico extraordinário, mas que precisamos nos organizar para mostrá-lo ao mundo.


Que este congresso seja apenas o início de um novo ciclo para Santana do Riacho e para a Serra do Cipó: um ciclo de planejamento, união e crescimento coletivo. Temos muito a oferecer e, juntos, podemos conquistar ainda mais.


Por Júlio César dos SantosCondutor Ambiental Credenciado – Serra do Cipó








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