Conservação ambiental na Serra do Cipó. Cuidar das Nascentes é Cuidar de Todos Nós.

Uma nascente, com certeza é o ponto de partida da vida e é o que mantém os rios, o cerrado e a comunidade viva. Cuidar dela significa proteger o futuro de quem mora aqui, de quem trabalha na terra e de quem visita essas paisagens. É reconhecer que a água, assim como a vegetação que a cerca, é um bem precioso e coletivo.

Entre os dias 18 e 20 de agosto de 2025, a Fazenda Martins, em Lapinha da Serra, tornou-se um espaço de aprendizado, cuidado e ação. Ali aconteceu o curso de Diagnóstico e Recuperação de Nascentes, uma oportunidade de aprender, praticar e refletir sobre como preservar essas fontes de vida.

O curso só foi possível graças à iniciativa da Adriana, proprietária da fazenda, que trouxe a proposta para a região, e à parceria da prefeitura de Santana do Riacho, do Sindicato dos Produtores Rurais de Jaboticatubas e do SENAR, bem como o apoio e estrutura do professor Diego Mingote, pela condução inspiradora; e todos os participantes, que trouxeram dedicação e entusiasmo. Cada um contribuiu para mostrar que proteger uma nascente é proteger a vida de todos nós.

além dos participantes, colaboradores que entendem que proteger a água é proteger a comunidade. Essa união mostra que quando pessoas, empresas e órgãos se movem juntas, o cuidado com a natureza se torna realidade.

O primeiro dia começou com apresentações e reflexões sobre a importância de conhecer e proteger as nascentes. Foram abordados conceitos como o ciclo da água, tipos de nascentes, classificação de acordo com fluxo e distribuição, e legislação ambiental, incluindo a proteção de áreas de preservação permanente. O objetivo foi mostrar que cada detalhe importa para a saúde da água e do território.

No segundo dia, a teoria se transformou em prática: os participantes aprenderam a diagnosticar o estado de uma nascente, identificar degradações e planejar ações de proteção. Técnicas como cercamento, construção de coxinhos artesanais e terraceamento foram aplicadas diretamente no campo, dando corpo ao conhecimento e protegendo a nascente que abastece a região.

O terceiro dia consolidou o aprendizado com o plantio de 30 mudas nativas ao redor da nascente e a finalização das estruturas de proteção. Esse momento reforçou que cuidar da água é um esforço coletivo, que envolve atenção, paciência e cooperação. Cada ação feita ali tem impacto direto na vida do cerrado, na qualidade da água e na comunidade.

O curso mostrou que a proteção das nascentes é uma responsabilidade de todos. Para empresários, moradores e visitantes, isso significa entender o valor da água e do território, apoiar projetos que já existem e se engajar em iniciativas que preservam o cerrado e as fontes de água da região.

A mensagem central é clara: quando a água é protegida, todos ganham. Quem mora aqui tem segurança e qualidade de vida; quem trabalha na terra vê sua produção protegida; e quem visita a região encontra paisagens intactas, rios limpos e experiências genuínas de natureza.

Conservação ambiental na Serra do Cipó. Cuidar de uma nascente é plantar água, esperança e futuro. É investir na vida do cerrado, na qualidade da água e no bem-estar da comunidade. Que essa experiência inspire mais pessoas a olhar para suas terras, apoiar iniciativas e agir em prol da preservação, fortalecendo projetos que já acontecem e garantindo que a água continue fluindo, para todos, por muitos anos.

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